Oi. Ando sentindo saudades de você. Não é por isso que escrevo estas palavras ocas. Escrevo-as para, quem sabe?, tornar essa dor mais palpável, mais plausível. Como pode doer tanto e tão abstratamente? E tão absurdamente! Se estou a costumada a me relacionar com pessoas sem vê-las. Agora é diferente. A distância não é tanta e a tenho mantido por acomodação. Acomodação de onde? Se meu coração se agita mais e mais a cada instante. Como acomodação? Amor tem dessas coisas... Tem? Tem não. Não adianta culpar o sentimento por minhas decisões mal tomadas. Ou indecisões. Mas agora eu decidi, meu amor. Alegra-te um bocadinho, em breve chego aí. Mas não esquece de guardar um pouco de sua alegria para quando já não houver mais euforia. Para o dia em que tudo for quieto (mas não finito!) e este estado te incomode. Guarda, que dizem "quem guarda, tem". Tem? Guarda e aguarda, que esse nós vai se concretizar. Essa é a promessa que lhe faço. Estou por ir aí, juntar o meu no teu, fazer o nós. Fazer-nos existir. Fazer? Absurdo! Já existimos. Sempre existimos. Em outro plano. Vou nos trazer para o agora, vou nos fazer para sempre. Eu prometo, querido, não mais irá sofrer. Não ficarei a te fazer juras. Promessas são vazias, porque palavras são vazias. Mas quando sentir o brilho do teu olhar no meu, tudo será findo e eterno. Tudo será nada e seremos nossos para sempre. Aguarda, amor. Vou levando uma inquietação e a cura da dor que ataca o peito. Vou levando o meu para com o seu fazer o nosso.

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