Eu escrevo tanto sobre você e sobre nós dois; sobre o modo como você sorri e a doçura do seu olhar; sobre seu jeito; sobre o jeito que você me toca; sobre nossos instantes; sobre andar de mãos dadas com você e sobre dividir um sorvete; sobre ficar horas só olhando você; sobre dormir ao seu lado; sobre cuidar de você e velar seu sono; sobre o que sinto quando me abraça e sobre nós dois no altar; sobre nossas músicas preferidas e sobre nossas crianças. Eu escrevo tanto sobre tantas coisas que nunca vi e que nunca senti. Nos pinto um conto de fadas (sem fadas) praticamente inexistente. É que eu sonho muito com nós dois, meu amor, e com o que podemos ser. Me perdoe, eu não queria fantasiar tanto. Mas é que, se não nos invento, periga de eu enlouquecer com a dor desse nós assim você-lá-e-eu-cá. É tanta distância, mas tanto amor. Eu bem tento escrever sobre outras coisas, mas eu mal começo e lá vem você pendurando-se nos meus pensamentos, brincando com minhas ideias. E eu sigo escrevendo sobre o que nunca vi, o que nunca senti. Sigo escrevendo você, porque esse é o meu jeito de nos ter. Essa é a forma que eu tenho de viver nós dois e apaziguar minha dor. Enquanto continuarmos assim, seguirei escrevendo. Seguirei escrevendo nós dois.

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