Eu lhe escrevi umas palavras de amor em minhas coxas. Perdidas para sempre. Perdidas porque você nunca as leu, e a água do banho lavou. Não foram as primeiras, não serão as últimas. Já lhe escrevi canções e cartas em minhas coxas, todas perdidas para sempre. Eram para você. Eram para você ler e ninguém mais. Eram as minhas-suas palavras. Agora são apenas tinta de caneta no esgoto. Eram tatuagens de sentimento impressas na pele. Mas o sabonete quebrou as moléculas e agora... agora não passam de tinta de caneta, de lixo com o lixo no esgoto. Minhas palavras para você, lixo no esgoto. Meu vômito no esgoto.