Bom tempo de coisas que não vão se repetir. Nunca mais pique-esconde, picula ou pula-carniça. Nunca mais infância. Crescemos e deixamos de fazer o que gostamos para fazer o que é aceitável. Afinal, o que os amigos iriam pensar se nos visse correndo pelo meio da rua tentando pegar uns aos outros? (Como loucos!) Nunca mais pique, embora esta seja a real vontade de todos. Nada de balanços, gangorras, escorregas. Toda a adrenalina guardada, e apenas utilizada quando for estritamente necessátios. Quanta vida desperdiçada. (Quanta loucura!) Nunca mais estátua, afinal o tempo não para e vale dinheiro. Um pedaço de papel. (Papel!) Nunca mais inocência, já que o mundo não é inocente vamos corromper todas as mentes e plantar nelas sementes do mal. Vamos semear o mal. (Gostar do mal!) Quanta vontade de voltar à infância. Doce infância. (Quanta loucura!)
vem. vem deitar. repousa seu corpo levemente ao lado do meu, passa seu braço por baixo de mim e me puxa para si. me envolva delicadamente em seus braços, me embala e me canta uma canção de ninar. me aqueça com seu corpo, beija-me a testa, me faça um carinho nos cabelos. levanta meu queixo, me olha nos olhos e diz que me ama. me deixa beijar-te os lábios e retribua meus beijos. passa suavamente as mãos por minhas costas e em minha barriga, por dentro da minha blusa. deixe-se levar por seus sentimentos, deixa que eles o guiem e permita que a temperatura aumente entre nós. toca-me e me deixa te tocar. invada meu corpo como invadiu minha alma e meu coração. sinta e encha-me de prazer. perca a razão e encontre-se em mim, os dois como um único ser. uma só vida. me abraça em meio a suspiros e jura que não vai me deixar. vem, sussurra que me ama em meu ouvido, me faça um carinho e me ponha pra dormir. e durma como um anjo. meu anjo. vem, minha paz, vem deitar. vem que é só de você que eu preciso.
me deixa.
me deixa ser, querer, estar. me deixa ficar, ir, voltar. me deixa esquecer. me deixa lembrar. me deixa pegar. me deixa largar. me deixa sentir. me deixa deixar. me deixa voar, andar, nadar. me deixa comer, vomitar, injeitar. me deixa sorrir. me deixa chorar. me deixa partir, repartir, doar. me deixa juntar, espalhar, soltar. me deixa pular. me deixa gritar. me deixa ganhar. me deixa perder. me deixa vencer. me deixa escutar. me deixa vibrar, viver, extasiar. me deixa atuar. me deixa pintar. me deixa expressar. me deixa calar. me deixa escrever, apagar. me deixa riscar, rabiscar. me deixa borrar. me deixa rasurar. me deixa concertar. me deixa costurar. me deixa cortar. me deixa transformar.
me deixa ser quem sou, te querer e querer te esquecer. me deixa enlouquecer.
me deixa.
Estou sofrendo.
Sim, mais uma vez
Chorando novamente essas lágrimas ferventes e amargas.
Gosto de fel é o que sinto na boca.
É o gosto que tem a raiva.
De mim, dela, de você.
E a certeza de que tudo poderia e poderá ser diferente.
Mas vai fundo, razão, e fiz isso pro coração; faz-se ouvir!
Mas como fazer ouvir alguém que não quer escutar?
E atender é onde está o problema.
Principalmente porque não é o que se quer.
Deixa. Deixa o relógio correr, o dia escurecer, a noite surgir. Deixa o inverno virar verão, o frio virar calor, o sol voltar a brilhar. Deixa que o tempo passe, que a noite chegue, que a hora extrapole. Deixa que o assunto morra, que o tédio chegue, que o sono venha. Deixa que o silêncio se instale, que os olhos se encontrem, que o desejo nasça. Deixa que os corações acelerem, que as mãos suem, que os olhos não se larguem. Deixa que as pessoas passem, que as pessoas olhem, que as pessoas falem. Deixa que as mãos queiram se encontrar, que as bocas queiram se encontrar, que os corpos queiram se juntar. Deixa que os corações queiram se tocar, que os olhos queiram se fechar, que as almas queiram dançar.
Deixa o amor viver, sorrir, ser feliz, fazer feliz. Deixa sorrir, deixa brincar, deixa estar…
Só deixa, e fica aqui comigo.
E eu que pensei que aquilo fosse amor. Mas nenhum daqueles rostos ficara estampado em minhas pálpebras. E eu que pensei que aquilo fosse amor. Mas nenhuma daquelas vozes ecoara em minha mente. E eu que pensei que aquilo fosse amor. Todo aquele calor, toda aquela enloquência. Eu pensei que fosse amor, aquela vontade louca, aquela necessidade absurda. Aquela falta que doía. Pensei que fosse amor. Os disparos repentinos no coração. O que a “eu” que pensou que aquilo tudo era amor diria do embrulhamento no estômago que sinto agora? Não é fome. Não se chama insegurança a doença do meu coração. Foi leviano pensar que aquilo pudesse ser amor. Dor. Por muito tempo idolatrei essa rima infeliz – amor e dor. Mas hoje vejo quão errada estive. E se houver algo melhor do que o que sinto agora, por favor, eu preciso. E hoje sei que pequei pensando que aquilo era amor.
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A chuva cai sem me molhar o corpo, mas em meu coração faz escorrer gotas sangrentas embebidas de um amor que é tanto que transborda. Esse amor que te dou para sorver em cada palavra que te dirijo, cada olhar em seus olhos. Amor que te banha a todo momento, em cada instante que penso em você. E se você está em meu pensamento todo o tempo, está sempre embebido com meu amor. Um amor que não acaba, que não enfraquece, que não se cansa. Que não espera nada de volta. Um coração louco que dá piruetas com o som de sua voz. Um coração grande que quer encontrar o seu. Um coração que só quer te aprisionar. Um coração que é seu.
Quando olhei em seus olhos e me vi ali, foi quando percebi que, é, eu te amo. Da forma mais banal que se pode amar, de qualquer forma. Eu estava ali em cada pedacinho, a simplicidade de todos os meus sentir e querer e e achar e pensar, eu estava toda em cada luz daquele olhar. No calor daqueles olhos, estava eu ali. Como que refletida em um espelho que ninguém nunca pensou em inventar. Refletida corpo, alma, coração. O motivo de eu ter me visto justamente em você é algo que não quero entender, mesmo que eu possa. É bom saber que nasci para te fazer feliz, da forma que for, do jeito que eu puder. Vejo em seus olhos o palpitar do meu coração cada vez, a cada segundo da existência desse momento de agora, feliz. Satisfeito por finalmente perceber que esse amor é verdadeiro, não pelo tempo, mas pela minha capacidade de me ver em você.
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